- Lesões dos tendões glúteos ou abdutores do quadril
Tendinite, tendinopatia e ruptura dos tendões dos músculos glúteos são causas
de dor no quadril, sendo com frequência associadas a bursite trocantérica. Três músculos do quadril
são denominados glúteos: máximo, médio e mínimo. As figuras a seguir demonstram
estes músculos de uma vista lateral do quadril direito, com a pele e a gordura
subcutânea removidas.
Os músculos glúteos são os mais exigidos durante a marcha (caminhar) e corridas, sendo responsáveis por manter o equilíbrio da bacia e tronco. O músculo glúteo máximo também tem papel importante na extensão do quadril. Os músculos glúteos médio e mínimo são conhecidos como abdutores do quadril, desde que abduzem (“abrem o quadril”) quando ativados sem apoio da perna.
Apesar da importância destes músculos no caminhar e nas atividades físicas, eles são com frequência “esquecidos” nas atividades de reforço muscular. Mesmo atletas profissionais com frequência apresentam fraqueza dos músculos glúteos e não realizam exercícios de reforço. A deficiência funcional destes músculos altera as forças no quadril e sobrecarrega a articulação do quadril e articulações adjacentes.
Tendinites e rupturas geralmente afetam os tendões dos músculos glúteo médio e mínimo. Assim como nas rupturas do manguito rotador do ombro, as lesões variam em extensão e podem levar a substituição do tecido muscular por gorduroso em casos de ruptura crônica. A maioria das rupturas dos tendões glúteos é crônica e provavelmente relacionada a degeneração tendínea. Alguns casos apresentam um mecanismo de trauma agudo, como em movimentos abruptos e acidentes.
Sintomas
As lesões dos tendões glúteos causam dor lateral no quadril e fraqueza na força de abdução. Pressão direta sobre os tendões na lateral do quadril geralmente intensifica a dor. Apesar da apresentação clínica similar a bursite trocantérica, os sintomas são geralmente mais intensos e de maior duração em casos de ruptura dos tendões glúteos. Entretanto, bursite trocantérica é com frequência associada a lesões dos tendões abdutores.
O tamanho da ruptura tendínea não tem relação direta com a intensidade dos sintomas. Assim como nos tendões do ombro, rupturas pequenas são muitas vezes mais dolorosas do que rupturas extensas.
Dor lateral no quadril não é exclusividade das lesões tendíneas e bursite trocantérica, podendo ser consequência de problemas intra-articulares, ressalto externo do quadril, metástases tumorais e outras doenças. Portanto, abordagem diagnóstica deve incluir todas as camadas do quadril.
Exames
O exame clínico é a base para o diagnóstico das rupturas dos tendões abdutores. Radiografias são solicitadas para excluir-se algumas doenças. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser indicadas para confirmar o diagnóstico, descartar outras doenças e guiar o tratamento. Os exames também podem mostrar hipertrofia dos músculos vizinhos para compensar a função dos glúteos. A infiltração com anestésico da região trocantérica e inserção dos tendões também é útil em alguns casos.
Tratamento
O tratamento não cirúrgico das lesões dos tendões abdutores é bem sucedido na maioria dos pacientes, incluindo o uso de medicações, fisioterapia e infiltrações. Medidas conservadoras usadas para tratamento da bursite trocantérica são também úteis para as lesões tendíneas. O tratamento cirúrgico é indicado na minoria dos pacientes com sintomas refratários ao tratamento conservador e redução da função. A cirurgia envolve a retirada da bursa trocantérica e o reparo dos tendões lesados com a inserção de âncoras. A cirurgia pode ser realizada de maneira tradicional, chamada aberta ou por videoartroscopia (endoscopia). Em alguns casos de rupturas extensas pode ser impraticável o reparo dos tendões, sendo necessária a utilização de técnicas com transferências musculares.
Tendinites e rupturas geralmente afetam os tendões dos músculos glúteo médio e mínimo. Assim como nas rupturas do manguito rotador do ombro, as lesões variam em extensão e podem levar a substituição do tecido muscular por gorduroso em casos de ruptura crônica. A maioria das rupturas dos tendões glúteos é crônica e provavelmente relacionada a degeneração tendínea. Alguns casos apresentam um mecanismo de trauma agudo, como em movimentos abruptos e acidentes.
Sintomas
As lesões dos tendões glúteos causam dor lateral no quadril e fraqueza na força de abdução. Pressão direta sobre os tendões na lateral do quadril geralmente intensifica a dor. Apesar da apresentação clínica similar a bursite trocantérica, os sintomas são geralmente mais intensos e de maior duração em casos de ruptura dos tendões glúteos. Entretanto, bursite trocantérica é com frequência associada a lesões dos tendões abdutores.
O tamanho da ruptura tendínea não tem relação direta com a intensidade dos sintomas. Assim como nos tendões do ombro, rupturas pequenas são muitas vezes mais dolorosas do que rupturas extensas.
Dor lateral no quadril não é exclusividade das lesões tendíneas e bursite trocantérica, podendo ser consequência de problemas intra-articulares, ressalto externo do quadril, metástases tumorais e outras doenças. Portanto, abordagem diagnóstica deve incluir todas as camadas do quadril.
Exames
O exame clínico é a base para o diagnóstico das rupturas dos tendões abdutores. Radiografias são solicitadas para excluir-se algumas doenças. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser indicadas para confirmar o diagnóstico, descartar outras doenças e guiar o tratamento. Os exames também podem mostrar hipertrofia dos músculos vizinhos para compensar a função dos glúteos. A infiltração com anestésico da região trocantérica e inserção dos tendões também é útil em alguns casos.
Tratamento
O tratamento não cirúrgico das lesões dos tendões abdutores é bem sucedido na maioria dos pacientes, incluindo o uso de medicações, fisioterapia e infiltrações. Medidas conservadoras usadas para tratamento da bursite trocantérica são também úteis para as lesões tendíneas. O tratamento cirúrgico é indicado na minoria dos pacientes com sintomas refratários ao tratamento conservador e redução da função. A cirurgia envolve a retirada da bursa trocantérica e o reparo dos tendões lesados com a inserção de âncoras. A cirurgia pode ser realizada de maneira tradicional, chamada aberta ou por videoartroscopia (endoscopia). Em alguns casos de rupturas extensas pode ser impraticável o reparo dos tendões, sendo necessária a utilização de técnicas com transferências musculares.
As informações contidas neste texto nunca substituirão uma consulta médica. Além disso, não devem ser usadas para qualquer forma de diagnóstico ou tratamento sem avaliação de um profissional médico.
Referências:
- Davies JF, Stiehl JB, Davies JA, Geiger PB. Surgical Treatment of Hip Abductor Tendon Tears. The Journal of Bone and Joint Surgery. 2013.
- Voos JE, Shindle MK, Pruett A, Asnis PD, Kelly BT. Endoscopic repair of gluteus medius tendon tears of the hip. Am J Sports Med. 2009.
- Domb, B. G., Botser, I., & Giordano, B. D. Outcomes of endoscopic gluteus medius repair with minimum 2-year follow-up. Am J Sports Med. 2013
- Stanton MC, Maloney MD, DeHaven KE, Giordano BD. Acute Traumatic Tear of Gluteus Medius and Minimus Tendons in a Patient Without Antecedant Peritrochanteric Hip Pain. Geriatric orthopaedic surgery & rehabilitation. 2012.
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